Esperava
ansiosa por uma chamada dele. Haviam terminado o namoro há pouco tempo, por uma
dessas brigas pequenas que na hora, adquirem um tamanho incontrolável. Tinham
tentado conversar, mas os desencontros de intenções e humores pesaram mais que os
sentimentos. As palavras saíram erradas da boca de um, o outro se irritou,
discutiram de novo. Estavam sem se comunicar há alguns meses, mas ela ainda o
amava. Por vezes ouvia o celular chamando na bolsa, achava que era ele, mas o aparelho
nem tinha tocado. Passou o smartphone para o bolso da calça, pois saberia de
verdade se tremesse. Foi pior. Cada mensagem no facebook, cada tweet, cada
curtida no instagram, cada SMS ela achava que seria dele. Não era. Passou a
sentir tremores fantasmas. Puxava o iPhone e não havia nada. Jurava que tinha
vibrado, mas não. Isso se repetia, todos os dias. Era difícil segurar a
ansiedade. Um dia o telefone tocou com um número privado. Era o que a tela
mostrava quando ele ligava do escritório. O coração acelerou, ela procurou um
lugar mais reservado e atendeu.
- Boa tarde, é a Bárbara? Meu nome é
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